Hipoteticamente alguém do seu grupo se aproxima do
líder para confidenciar um pecado qualquer, “cabeludo” ou “fichinha”. O líder
ouve, aconselha e aparentemente o caso está resolvido, entretanto não sabe se
deve contar ao grupo ou reportar
ao pastor. Suponha outra situação em que você está passeando no shopping e dá
de cara com o guitarrista do seu
grupo, casado, de mãos dadas com a esposa do tesoureiro. Você, muito
desconsertado, desvia os olhos e muda de direção. Mais tarde ele envia uma
mensagem a você: – Mano! Eu sei que você viu a gente, não sei o que dizer… Foi
um vacilo, mas não conta nada para ninguém! Beleza? Ainda que seja extremamente
doloroso para os envolvidos e para a igreja, estes casos são recorrentes.
Ação incorreta
No primeiro caso alguma pessoa conta o seu pecado
para alguém. Mas toda a liderança fica
sabendo, ou “a título de oração” ou devido ao “protocolo da liderança”.
Posteriormente aquela confidência se espalha, pois alguém desta liderança
possui um “melhor amigo” que diz: – Não conta isso para ninguém! Mas sabe
fulano!? E este, também tem um melhor amigo…
Na segunda cena temos um flagrante! A pergunta é:
Como devemos agir? Você deve ter passando por isso e provavelmente preferiu
esperar para ver como aquilo se resolveria ou por vergonha alheia, ou por outro
motivo, mas você comenta com outra pessoa, que comenta com outra e etc.
Inclusiva e
bíblica
A igreja, instituição,
tem uma tarefa muito clara que é a inclusão. Não devemos espalhar as pessoas e
muito menos as notícias negativas que são produzidas como resultado dos
relacionamentos interpessoais. Onde há pessoas, crentes ou não, ali haverá a
dinâmica relativa à natureza humana. Por isso não podemos fantasiar ou exigir a
ausência de erros, daqueles que consideramos mais serem leves, “fichinhas”, até
os escandalosos, “cabeludos”.
A forma de lidarmos com as situações dentro do
ambiente institucional não deve ter como referência o nosso bom senso, pois ele
é subjetivo e relativo. Por isso a igreja deve ser totalmente e unicamente
guiada pela Bíblia. Infelizmente a igreja atual está se moldando à liderança das “personalidades”, e
elas determinam como a igreja deve se relacionar, conforme a interpretação pessoal
que cada líder tem sobre a sua visão de ministério.
Princípio
infalível que restaura a unidade
O tema aqui é sobre confrontar o pecado no seu
grupo local, então vamos discorrer hoje somente sobre as duas situações que
comentei. Veja como a Bíblia nos instrui sobre este assunto, é bem simples:
Se um irmão pecar contra
você, fale com ele em particular e chame-lhe a atenção para o erro. Se ele
o ouvir, você terá recuperado seu irmão.  Mt 18:15.
Primeira atitude: 
Chamar a pessoa faltosa em particular e falar com
ela sobre o pecado, e ponto
final! Exerça misericórdia, perdoe se o pecado for algo que te prejudicou
e aquilo deve ser sepultado ali, não conte para seu melhor amigo (a), líder ou
pastor (a). Você entendeu? Não conte, e ponto final.
Segunda atitude:
Mas, se ele não o ouvir, leve
consigo um ou dois outros e fale com ele novamente, para que tudo que você
disser seja confirmado por duas ou três testemunhas. Mt 18:16.
Se o irmão foi flagrado em um pecado semelhante ao segundo caso que comentei anteriormente, chame ele em particular e diga que ele tem alguns dias para confessar o pecado às pessoas envolvidas. Dê um prazo para isso acontecer, dois dias, três dias, depende da situação. Avise que do contrário você comunicará o líder para através de uma conversa entre os envolvidos relatar a situação. No caso hipotético seria o guitarrista, a esposa do tesoureiro e você que viu o fato...
Restauração em
fracasso
O que tem acontecido é a rota inversa, primeiro a
igreja sabe e depois tenta tratar o pecado. A comunhão é quebrada e se torna
frágil. Deus perdoa assim que
os pecadores o procuram. Entretanto quando praticamos o caminho inverso de
Mateus 18 quebramos um princípio espiritual para recuperar os pecadores e a
unidade, satanás usará isso para sua vantagem e como consequência os envolvidos
serão sempre tratados com a desconfiança reticente da maioria. O Corpo sofre
sentindo o resultado desta quebra de princípio. A Igreja adoece, os sintomas
são como uma espécie de febre emocional e espiritual causada por uma infecção
tratada com o remédio errado.  
A igreja em
verdade
A igreja local tem que ser um ambiente seguro e
sigiloso, onde os pecadores arrependidos sejam protegidos e ensinados a amarem
uns aos outros. Somente líderes e pessoas totalmente submissas ao governo
de Cristo obedecerão
ao princípio espiritual contido em Mateus 18. Você pode ler aprofundadamente sobre
isso no meu livro: “Músico, abandonado ferido e esquecido”, pela editora Ágape.
 
https://www.agape.com.br/louvor-e-adorac-o/musico-abandonado-ferido-e-esquecido.html
https://adorando.com.br/pecado-como-confronta-lo-no-seu-grupo-local/

 
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