Escolhi este tema para compartilhar com
vocês hoje, porque creio que este é um assunto de extrema importância dentro do
contexto Ministério de Louvor. Quando falamos de Ministério de Louvor,
estamos nos referindo a um grupo de pessoas reunidas para cumprir um propósito.
A respeito do propósito já compartilhamos nos artigos anteriores, e hoje iremos
tratar de alguns pontos referentes aos relacionamentos dentro das equipes.
Um dos grandes desafios que enfrentamos
na igreja de um modo geral, em relação ao cumprimento do propósito (a grande
comissão) é a falta de unidade. No livro de João capítulo 17 em sua oração
Jesus intercede ao Pai em relação à unidade com uma finalidade:
“Minha oração não é apenas por eles”.
Rogo também por aqueles que crerão em mim, por meio da mensagem deles, para que
todos sejam um, Pai como tu estás em mim e eu em ti. Que eles também estejam em
nós, para que o mundo creia que tu me enviaste. Dei-lhes a glória que me deste,
para que eles sejam um, assim como nós somos um: eu neles e tu em mim. Que eles
sejam levados à plena unidade, para que o mundo saiba que tu me enviaste, e os
amaste como igualmente me amaste.” João 17: 20-24
Como igreja, corpo de Cristo nós temos
uma missão a cumprir na terra. Fomos alcançados pela salvação, pelo amor de
Deus e assim nos tornamos parte de um todo sobre o qual o cabeça é Cristo. A
nossa conversão à Cristo significa renunciar o meu “eu” e me encher Dele.
“Fui crucificado com Cristo. Assim, já
não sou mais eu quem vive, mas Cristo vive em mim.” Gálatas 2:20
A nossa missão será cumprida de fato,
quando entendermos que para alcançar o propósito precisamos nos esvaziar de nós
mesmos e nos render à vontade de Deus, assim como Jesus nos ensinou.
“Seja a atitude de vocês a mesma de
Cristo Jesus, que embora sendo Deus, não considerou que o ser igual a Deus era
algo que devia apegar-se; mas esvaziou a si mesmo, vindo a ser servo,
tornando-se semelhante aos homens.” Filipenses 2: 5-7
Caminhar em unidade, renunciar o “eu”,
tomar a nossa cruz, só se torna possível pela obra e graça de Deus em nós em
resposta à nossa decisão pessoal de nos render ao senhorio Dele. Uma das
grandes dificuldades que enfrentamos no grupo de louvor é referente aos
relacionamentos de um modo geral. Toda equipe é formada indivíduos diversos,
que trazem consigo uma bagagem (emocional e espiritual) distinta e pessoal. No
caso do ministério de louvor,
a equipe é formada por músicos que têm no seu DNA natural mais sensibilidade,
necessidade de reconhecimento dentre outras características. Estas
características sem a cruz de Cristo, elas se tornam grandes problemas e até
mesmo um impedimento para o cumprimento do propósito que é servir à Deus e as
pessoas. Um grupo de músicos cheios de si mesmo não chega a lugar nenhum, pode
aprender a executar com beleza e arte a música, mas não passa disto.
Fomos chamados por Deus para vivermos o
sobrenatural e irmos além de uma boa música. Temos um chamado para proclamarmos
uma mensagem viva que transmite vida às pessoas. Só alcançaremos este propósito
se decidirmos renunciar a nós mesmos e buscar de fato viver em unidade em
Cristo Jesus.
Eu poderia enumerar vários problemas que
acontecem comumente em nossas equipes em detrimento da falta de unidade, mas eu
não teria como te apontar soluções humanas estratégicas que poderiam de fato
solucionar os mesmos. A verdadeira solução não virá através de estratégias
humanas, reuniões de unidade, ou qualquer outra atividade que não estiver
respaldada e alicerçada nos princípios de Deus. Vejo em muitos lugares líderes
cansados e desanimados pela falta de unidade dentro de suas equipes, tenho
encontrado também pastores frustrados e desencorajados com a equipe de louvor, por outro lado
existem queixas das equipes em relação ao relacionamento com os pastores e
líderes. Enfim, onde há pessoas, há problemas, e onde há Deus há soluções. Eu
gostaria de encerrar esta reflexão citando um texto maravilhoso que traz
resposta para esta questão:
“Portanto, lembrem-se de que
anteriormente vocês eram gentios por nascimento e chamados incircuncisão pelos
que se chama circuncisão, feito no corpo por mãos humanas, e que naquela época
vocês estavam sem Cristo, separados da comunidade de Israel, sendo estrangeiros
quanto às alianças da promessa, sem esperança e sem Deus no mundo. Mas agora em
Cristo Jesus, vocês, que antes estavam longe, foram aproximados mediante o
sangue de Cristo. Pois ele é a nossa paz, o qual de ambos fez um e destruiu a
barreira, o muro de inimizade, anulando em seu corpo a Lei dos mandamentos
expressa em ordenanças. O objetivo dele era criar em si mesmo, dos dois, um
novo homem, fazendo a paz, e reconciliar com Deus os dois em um corpo, por meio
da cruz, pela qual ele destruir a inimizade. Nele vocês também estão sendo
edificados juntos, para se tornarem morada de Deus por seu Espírito.” Efésios
2: 11-16, 22
Conclusão: Só cumpriremos de fato o
propósito se caminharmos em unidade, se compreendermos este caminho de
renúncia, esvaziamento do “eu” e enchimento de Deus. A verdadeira unidade é
constituída por Deus e não por homens.
Aplicação: Gostaria de sugerir um
encontro com o seu grupo para a reflexão deste tema e a partir daí definir um
tempo de oração, jejum, e consagração em busca da unidade que é gerada por
Deus.
Deus os abençoe.

 
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